Mas afinal, o que é doença preexistente e qual o seu sentido dentro da
legislação que regulas os planos de saúde e os direitos do consumidor? Antes de
mais nada, é importante esclarecer que, do ponto de vista estritamente médico,
não há conceito que defina a noção de “doença
preexistente”. Com efeito, essa noção foi criada pelas empresas
operadoras de planos e seguro saúde como uma forma de afastar a cobertura de
doenças que o consumidor eventualmente já possuísse anteriormente à contratação
do plano ou seguro saúde. De fato, a legislação atual incorporou tal premissa
conceituando a doença preexistente como “aquelas que o consumidor ou seu
responsável saiba ser portador ou sofredor à época da contratação do plano”
(Art. 1º, Resolução nº 2, CONSU). O fato de uma patologia vir a ser considerada
preexistente ou não incide diretamente sobre os prazos de carências a serem
observados. As atuações das operadoras
de saúde e as entidades que as conduzem como a FENASAÚDE, na constante
negatividade dos tratamentos, com argumentos cada dia mais pífios como doenças
preexistentes estão a beira de obter um poder maior do que o próprio Ministério
da Saúde com aval da ANS. As negativas para tratamentos de diferentes
patologias estão a cada dia tomando uma proporção que nem o judiciário
conseguirá dar conta da demanda. Ocorre que, embora a princípio legítima a
premissa, é muito difícil, para não dizer impossível, determinar quando uma
doença não congênita passa a se manifestar. Os pacientes estão entrando em
estado de total desespero a ponto de buscar recursos complexos para utilizar o
judiciário a titulo de ter sua dignidade de vida salvaguardada. Quem pode
condenar um portador de doença crônica a lutar pelos seus direitos? O problema
nesse caso é que não detemos conhecimento absoluto para saber diferenciar o
advogado especialista em direito e saúde e o que pode parecer a solução em até
48 horas, uma liminar judicial, pode virar um grande pesadelo ao final do
processo.
JUSTIÇA E SAÚDE
CONHEÇA TUDO SOBRE DIREITO E SAÚDE
terça-feira, 29 de março de 2016
domingo, 18 de maio de 2014
COLUNA SEUS DIREITOS: MEDICAMENTOS DERIVADOS DA MACONHA
A
França, um dos países com legislação mais conservadora em matéria de drogas no
Ocidente, aprovou a entrada no mercado de Sativex,
o primeiro remédio à base de maconha a ser liberado pela Agência Nacional de
Segurança Medicamental (ANSM), órgão do Ministério da Saúde. O spray bucal,
fabricado pelo laboratório britânico GW Pharmaceuticals, é recomendado para
esclerose múltipla.
A
justiça brasileira autorizou, pela primeira vez, a importação de um medicamento
derivado de maconha contra a epilepsia. A droga deve aliviar as convulsões que
infernizam a vida de Anny de Bortoli Fischer, uma garotinha de 5 anos de Brasília.
Indo além, a ONG PORTAL SAÚDE
conseguiu que os planos de saúde paguem a importação do medicamento.
Nos
Estados Unidos, Epilepsy Foundation, organização que apoia pessoas epiléticas e
seus familiares, vem defendendo o amplo acesso dos pacientes a esse
medicamento. A Fundação diz que há 2,3 milhões de americanos com epilepsia e
que, desses, 1 milhão sofrem com convulsões incontroláveis.
Em
casos extremos, essas convulsões podem matar a pessoa. O canabidiol não cura a doença, é claro. Mas tem se mostrado mais
eficaz que outras drogas no alívio das crises. Há, porém, dúvidas sobre seus
possíveis efeitos nocivos em tratamentos prolongados, já que faltam testes
clínicos com a droga.
O
Sativex, remédio feito à base de maconha, pode estar a caminho do Brasil. A
empresa farmacêutica britânica GW Pharma revelou ao site de VEJA que iniciou
discussões com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a
possibilidade de vender o medicamento — indicado para tratar sintomas de
esclerose múltipla — no país. "Temos um interesse muito grande no mercado
brasileiro e gostaríamos de obter a aprovação para o remédio na América do
Sul", afirma Mark Rogerson, relações públicas da empresa.
Para
Adriana Leocadio – especialista em
direito e saúde e fundadora da ONG
PORTAL SAÚDE o que pouco se divulga é que se o medicamento estiver aprovado
pelo FDA e União Europeia o Brasil é obrigado a fornecer graças a nossa
Constituição Federal, tanto pela Saúde Pública como os planos e seguros de
saúde.
A
informação é nossa maior aliada, lutem pelos seus direitos! Estamos à sua
disposição no e-mail: contato@portalsaude.org
ou pelo fone: (11) 9.9905.6373
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Planos de Saúde: CONDENAÇÃO A LABORATÓRIOS DE UBERLÂNDIA POR DANO MORAL É CONFIRMADA.
Acórdão do TJMG ratifica decisão
de 2009. À época dos fatos, para ter acesso a determinados exames, consumidores
pagaram valores não incluídos nas mensalidades. Acórdão da 15ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) publicado no dia 2 deste mês
ratifica decisão judicial de 2009 na qual 16
laboratórios de exames de análises clínicas e de diagnóstico por imagens
foram condenados por dano moral coletivo - R$ 100 mil - pela prática de abuso
em face de consumidores de plano de saúde. Em 2009 a Justiça de Uberlândia já
havia se pronunciado favorável à condenação dos réus. Porém, os laboratórios
acabaram recorrendo.
ENTENDA O CASO
A ACP, assinada pelos promotores
de Justiça, apontou os consumidores prejudicados (na maioria das vezes, pessoas
idosas e portadores de câncer), que tiveram de desembolsar valores, incluindo o
da mensalidade paga às operadoras de saúde, para conseguir acesso aos exames. A
ação considerou que a imposição, pelos laboratórios, da Classificação
Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) - tabela de
honorários - sem a devida negociação com as operadoras, bem como a seguida cobrança
da diferença feita aos usuários atentavam contra a função social do contrato em
razão dos efeitos negativos endereçados aos consumidores. Os promotores de
Justiça relatam na ACP que os laboratórios, além de abusar de posição
dominante, agiram de forma coordenada porque, naquela oportunidade, dominavam o
mercado relevante de prestação de serviços médicos e impediam a livre
concorrência já que agiam homogeneamente no mercado.
Acompanhando esse caso bem de
perto, nossa ONG Portal Saúde lamenta muito que fatos como esse só ocorram em
cidades como Uberlândia, por exemplo. Se essa realidade fosse aplicada em São
Paulo – capital, por exemplo, eu gostaria de saber como ficariam alguns
laboratórios de analises clinicas e imagens que dominam o mercado do qual as próprias operadoras são as
donas.
Mesmo concordam com a atitude dos
Promotores de Uberlândia, Adriana Leocadio – Membro da Organização Mundial da
Saúde (OMS) declara ter dúvidas em relação algumas questões apontadas nessa
condenação. Atualmente 80% dos seguros e planos saúde trabalham com a
modalidade conhecida como “livre escolha”, ou seja, eu mesma só uso meu
reembolso nas consultas médicas e realização de exames, afirma Adriana. Em
nenhum momento me senti exposta a situações vexatórias, pelo contrario, sempre
me senti bem mais segura por ter escolhido Laborátorios referenciados pelo
próprio mercado e em especial pelo medico que me trata: Fleury, HIAE, HSL,
entre outros.
Nossa ONG Portal Saúde tem casos
de pessoas que utilizaram laboratórios disponibilizados pelos seus planos de
saúde, aquele que passamos a carteirinha e tudo pago, exemplo: Delboni,
Lavosier, A+, entre outros. Onde receberam diagnósticos errados, algo muito
sério. Em nome do financeiro não podemos abrir mão da qualidade.
Para os planos e seguros de saúde
o ideal de consumo é os laboratórios credenciados, até mesmo porque eles são os
donos desses laboratórios, dos hospitais de clinicas médicas... esse é outro ponto que Adriana Leocadio
alerta.
Achei extremamente interessante
extrair esse trecho da decisão judicial de Uberlândia: “Resta latente que as
requeridas subverteram o equilíbrio e a
boa-fé objetiva, que devem
prevalecer nas relações de consumo, quando, em um primeiro momento, criaram
um empecilho à livre concorrência...” Será que isso também não se aplica as
operadoras de saúde quando querem retaliar os pacientes que optam em utilizar
seu sistema de LIVRE ESCOLHA?
REFLEXÃO!!!!
quarta-feira, 15 de maio de 2013
MASTECTOMIA DE ANGELINA JOLIE LEVANTA DEBATE SOBRE CIRURGIA PARA CÂNCER
Com custo de R$ 6 mil,
exame para detecção de mutações e prevenção da doença ainda não é oferecido
pela rede pública e privada brasileira. A
revelação feita ontem pela atriz americana Angelina Jolie de que fez uma dupla
mastectomia para reduzir as chances de ter câncer de mama desencadeou um debate
no Brasil sobre a realização de testes genéticos para a detecção de mutações
que podem aumentar o risco da doença. Com custo avaliado em R$ 6 mil, o exame
ainda não é ofertado pela rede pública de saúde e os planos de saúde também
ignoram o fato.
Estudos mostram que o
câncer de origem genética não é raro. "No caso do câncer de mama, a taxa é
de cerca de 10% e as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 respondem por cerca 70%
de todos os casos hereditários de câncer de mama e ovário", afirma Maria
Isabel Achatz, diretora de Oncogenética do A.C. Camargo Cancer Center (novo nome
do Hospital A.C. Camargo). Com a mutação, o risco de desenvolver câncer de mama
ao longo da vida pode variar de 40% a 90%, explica Carlos Alberto Ruiz,
presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia. Na população em geral, esse
índice fica em torno de 5%. Segundo especialistas ouvidos pelo Estado, diante
do diagnóstico de mutação genética, a maioria das mulheres opta por retirar as
mamas. "Elas programam essa decisão e geralmente se submetem ao
procedimento depois de amamentar seus filhos", afirma Marcelo Sampaio,
cirurgião plástico do Hospital Sírio-Libanês.
O método deve ser encarado
como opção porque é o único que vai reduzir em até 95% a probabilidade para o
desenvolvimento do câncer em portadores da mutação.
Exame. O teste genético que
identifica o maior risco de desenvolver a doença está, aos poucos, se
popularizando no Brasil, mas só em pacientes que podem arcar com os custos de
uma clínica particular. Há dois anos, o Departamento de Aconselhamento Genético
do Sírio-Libanês, por exemplo, realizava cerca de três a cinco testes por mês.
Hoje, são oito a dez por semana. Adriana Leocadio, representante da ONG Portal
Saúde ressalta que o acesso a evolução da medicina preventiva não pode ser
restrita a poucas pessoas com condições financeiras para custear. Nossa
recomendação para quem tem plano de saúde e quer realizar esse exame, consultem
seus direitos. "Hoje, esse tipo de exame
pode diagnosticar o risco de desenvolver não apenas câncer, mas outras doenças,
como lúpus.", comenta Leocadio.
O resultado positivo do
teste, porém, apenas sugere o procedimento cirúrgico. Há mais opções. "Uma
saída é fazer um acompanhamento mais frequente, com exames de seis em seis
meses que permitirão o diagnóstico precoce de tumores, como a mamografia e a
ressonância magnética", afirma Maria Isabel Achatz.
Menopausa. Mulheres com
mutação genética podem ainda escolher tomar um bloqueador hormonal como forma
de prevenção. "A medicação reduz em cerca de 20% o risco de a paciente ter
a doença", diz o mastologista Antonio Luiz Frasson, do Hospital Albert
Einstein. Mas há efeitos colaterais. Quem toma adianta a menopausa.
E há outros fatores a serem
levados em consideração. Maria Isabel Achatz ressalta, por exemplo, que a
orientação das sociedades médicas americanas, que servem como guia no Brasil, é
que, em primeiro lugar, sejam retirados ovários e trompas. "Ao contrários
das mamas, os ovários são mais difíceis de acompanhar por exame médico. E sua
retirada já reduz em 50% o risco de câncer de mama. A mastectomia, por sua vez,
não reduz o risco nos ovários."
terça-feira, 14 de maio de 2013
FRAUDES MÉDICAS E HOSPITALARES
O cerco aos médicos que
indicam cirurgias desnecessárias e lucram muito com isso parece estar se
fechando. Pelo menos nos Estados Unidos.
Há duas semanas, agentes do FBI prenderam o CEO, um executivo e quatro
médicos do Hospital Sagrado Coração de Chicago acusados de envolvimento com um
esquema de propina que levou pacientes a serem submetidos a procedimentos
desnecessários e arriscados.
Segundo o "Chicago
Tribune", o FBI contou com a colaboração de funcionários que estavam
envolvidos no esquema, mas que entraram num programa parecido com o nosso
delação premiada para ajudar nas investigações.
Os procedimentos considerados desnecessários incluíam sedação, implantes
penianos e traqueostomia e eram pagos pelo Medicaid e pelo Medicare, programas
públicos de saúde do governo norte-americano. A fraude envolveu pelo menos US$
2 milhões de reembolsos indevidos e mais de US$ 225 mil em subornos pagos a
médicos só no ano de 2012.
A Jornalista Claudia Colluci – Folha de São Paulo, que escreveu essa
matéria declara que: não me admiraria nadinha se fraudes desse tipo fossem descobertas
por aqui também. O atual modelo de remuneração dos hospitais (fee for service,
ou pagamento por procedimento numa tradução livre) favorece esse tipo de
sacanagem. Quanto mais exames e procedimentos são feitos, mais os hospitais
ganham dos planos de saúde.
Atualmente, a ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar) está estudando um novo modelo de
remuneração baseado em pacotes. A ideia é definir um grupo de procedimentos com
desfechos "previsíveis" (uma cirurgia de apêndice, por exemplo) e
pagar o mesmo valor para todos os hospitais. Inicialmente, haverá um projeto piloto com
cerca de 20 instituições participantes. Ainda que haja resistências óbvias, é
um começo. Esse é um assunto que interessa a toda sociedade e precisa ser
amplamente discutido. Afinal, somos nós, consumidores de serviços de saúde, que
estamos pagando essa conta.
Para Adriana Leocadio – ONG Portal Saúde o
sistema não vai melhorar enquanto os planos de saúde comandar toda cadeia econômica
que envolve os tratamentos médicos. O provável piloto que estão querendo
promover com 20 instituições funcionará para as operadoras que tem seus próprios
hospitais, clinicas médicas e laboratórios de analises clinicas.
Aqui cabe um comentário
a respeito de um processo administrativo que vem sendo conduzido pelo CRM/SP,
onde estão buscando apurar informações a respeito dos médicos através dos seus
pacientes. A alegação é de que haveria fraude por parte de médicos e
laboratórios na realização de exames clínicos desnecessários. Vejamos senhores,
nós consumidores somos os menos indicados e não devemos ser arrolados em nenhum
tipo de constrangimento.
Além disso, a sindicância
não possui isonomia, traduzindo, estão investigando somente um único laboratório
de pequeno porte, sem nenhum credenciamento com operadoras de saúde e um
pequeno número de médicos. A minha questão é: falta coragem de colocar a mão no
baú encantado dos “tidos” como grandes e renomados médicos que atuam em redes
hospitalares de referencia no Brasil e produzem todo tipo de exames através dos
seus laboratórios próprios.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
PLANOS DE SAÚDE DEVEM JUSTIFICAR RECUSA DE ATENDIMENTO EM 48h A PARTIR DE HOJE
Essa notícia foi está
sendo amplamente divulgada pela mídia de massa e os canais de comunicação da ONG Portal Saúde estão repletos de
perguntas com dúvidas. Vamos tentar esclarecer brevemente alguns pontos mais já
deixo a disposição de todos meu e-mail para maiores informações: adriana@portalsaude.org .
A Noticia: Os Planos de saúde que negarem
cobertura de exames, procedimentos e consultas, deverão justificar por escrito,
a partir dessa terça-feira, o motivo de ter negado autorização para qualquer
procedimento médico, mediante
solicitação do usuário. A negativa de cobertura respondeu por 76% das
reclamações recebidas em 2012 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
órgão regulador do sistema.
Em entrevista concedida
em abril, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que os tipos de queixa
que podem levar o plano de saúde a ter as vendas suspensas aumentaram. "A
negativa de atendimento dentro do rol de procedimentos obrigatórios que o plano
deve cumprir, negativa no período de carência, não oferecer ou negar exame, não
garantir o reembolso passam a ser reclamações monitoradas para suspensão do
direito de venda", explicou o ministro.
A ONG Portal Saúde questiona o Ministério
da Saúde, assim como a própria Agencia
Nacional de Saúde (ANS), quem pode esperar 48h, para obter uma suposta
aprovação dos seus tratamentos?
Vejamos: “um cardiopata da
entrada em um pronto atendimento com quadro clinico de infarto do miocárdio e
necessitar realizar cirurgia urgente para colocação de um stent. Será que esse
paciente pode ficar aguardando analise do financeiro da sua operadora?”
Como
fazer: De
acordo com informações da assessoria de imprensa da ANS, o usuário deverá fazer
a solicitação para obter a recusa por escrito no prazo de 48h - só a partir do
pedido é que a entrega será obrigatória. A recusa escrita "deve ser
transmitida ao beneficiário solicitante em linguagem clara, indicando a
cláusula contratual ou o dispositivo legal que justifiquem o motivo da
negativa". Ela poderá ser dada por correspondência ou por e-mail, conforme
escolha do usuário do plano, sempre respeitado o limite de 48h para entrega.
Multas
- Se a operadora deixar de
informar por escrito os motivos da negativa de cobertura previstos em lei
(desde que seja solicitada pelo usuário) pagará multa de R$ 30 mil. Se o caso
for de urgência e emergência, a multa será de R$ 100 mil. O usuário poderá
comprovar a recusa na entrega com o número do protocolo da solicitação,
conforme a ANS.
Vamos
compreender:
Nossa ONG Portal Saúde fica muito feliz a cada medida em relação aos planos de
saúde que possam nos dar uma esperança em relação a uma saúde suplementar mais
digna. Ocorre que nossa experiência de 15 anos atuando intensamente nessa área,
temos a tendência de ler essas noticias com um pouco de cautela e o que isso
vai gerar na pratica.
Pontos
importantes:
1) Qual a real intenção de
termos uma medida como essa? Fica evidente que se um paciente busca ajuda nos
braços do judiciário é porque já recebeu uma negativa. Traduzindo, ninguém vai
custear uma ação judicial se teve seu procedimento autorizado.
2) Como uma pessoa que está
necessitando receber um tratamento com urgência terá condições de formular um
pedido pessoal a sua operadora? Traduzindo, vamos ler essa medida nos detalhes:
“o usuário deverá fazer a solicitação
para obter a recusa por escrito no prazo de 48h”.
3) Recentemente a ANS e o
Ministério da Saúde divulgaram que as operadoras deveriam implantar uma
Ouvidoria no prazo mínimo de até 180 dias. Senhores, uma empresa necessita de
180 dias para ter uma ouvidoria? E qual a finalidade da mesma?
4) A operadora que não
seguir o procedimento será multada. Multa??? Recentemente nossa ONG Portal
Saúde participou de uma audiência publica em Brasília, promovida pela Comissão
de Direito do Consumidor – conduzida brilhantemente pelo deputado federal Ivan
Valente, onde a pauta principal foi: “ANS leva até 12 anos para multar uma
operadora de saúde”. Será que vamos ver essa história novamente?
Nossa ONG Portal Saúde
deseja que essa “nova medida” realmente venha com muita eficiência e que os
pacientes possam obter seus tratamentos rapidamente. O que não ficou claro para
nós são casos como: “paciente cardiopata dá entrada no pronto-socorro com
quadro de infarto de miocárdio e necessita ser operado imediatamente para
colocação de órtese stent”. Será que ele terá 48 horas para esperar?
Estamos à disposição de
todos!
terça-feira, 30 de abril de 2013
ATENÇÃO: NOTICIA PREOCUPANTE PARA OS MÉDICOS E USUÁRIOS DE PLANOS E SEGUROS SAÚDE
Publicada ontem no site Segs.com, a
notícia de que Federação Nacional de
Saúde (FENASAÚDE) passa a reunir todas as seguradoras de saúde em atividade
no mercado nacional. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde)
comunica a adesão de dois novos grupos de operadoras de planos de saúde: Caixa
Seguradora e Salutar Saúde Seguradora. Com esta mudança no quadro de
associadas, a Federação passa a reunir todas as seguradoras de saúde em
atividade no mercado nacional. As operadoras FenaSaúde correspondem a mais de
1/3 (um terço) do mercado em número de beneficiários.
Para maior parte das pessoas que fazem
parte da cadeia de consumo de saúde privada: médicos, hospitais, laboratórios,
clinicas e pacientes e demais entidades representantes da nossa sociedade, essa
notícia não tenha muito significado ou ainda pior, compreendam que essa noticia
é um sinal de melhoria na qualidade dos serviços que recebemos hoje por parte
dos nossos planos e seguros saúde. Doce ilusão!!!!!
Segundo a notícia, a Federação
representa operadoras líderes em qualidade e referências no respeito à Lei dos
Planos e na contribuição com a regulação da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS). A partir de agora, são 17 grupos filiados dentro de um
universo de 1.320 operadoras com beneficiários em todo o país.
Nesse ponto a ONG Portal Saúde concorda
em gênero, numero e grau. A Federação só esqueceu de mencionar que são justamente
essas operadoras “lideres em qualidade e referencia no respeito à Lei dos
Planos de Saúde” são as que mais negam tratamentos aos seus clientes. E aqui
cabe uma ressalva, estamos falando de clientes que tiveram que recorrer ao judiciário
para obter seus tratamentos como: cirurgia bariátrica, tratamento para DMRI, plástica
reparadora, tratamento para câncer, doenças vasculares, tudo já contemplado no
conhecido “rol de procedimentos aprovados pela ANS”. Traduzindo, tudo que já
está no pleno direito dos clientes. Temos que mencionar os aumentos abusivos e
o descredenciamento unilateral dos prestadores de serviços que não rezam na
cartilha dessas operadoras. O sistema de livre reembolso que o paciente NUNCA tem acesso ao seu percentual ou
ainda pior, quando as operadoras impõem regras INEXISTENTES para efetuar o reembolso ao seu cliente, como:
relatório médico detalhado, razão de ter feitos determinado exame ou
tratamento. Afinal, o sistema é LIVRE ou
NÃO???
A entidade reúne as seguintes
associadas: Allianz Saúde S/A, Grupo Amil Saúde, Grupo Bradesco Saúde, Care
Plus Medicina Assistencial Ltda, Golden Cross Assistência Internacional de
Saúde Ltda, Grupo Intermédica, Itauseg Saúde S/A, Marítima Saúde Seguros S/A,
Metlife Planos Odontológicos Ltda, Odontoprev S/A, Omint Serviços de Saúde
Ltda, Porto Seguro – Seguro Saúde S/A, Grupo Sul América Saúde, Tempo Saúde e
Unimed Seguros Saúde S/A.
Essas grandes empresas ganham em todas
as áreas, elas são donas: dos hospitais, das clinicas, dos laboratórios de
analises patológicas e de imagem, dos médicos e da gente.
Nós gostaríamos muito de convidar
nossos leitores, Membros do Congresso Nacional que representam nossa população,
Ministério Publico, CRM e CFM, AMB, IDEC, PROTESTE, PROCON, CADE, FENAM e ONGs
da Saúde para promover uma minuciosa analise de todos os fatos que estão
ocorrendo nos últimos anos na saúde suplementar e o que podemos esperar.
Precisamos nos unir e somar forças, são
nossas vidas que em algum momento estarão nas mãos dos gestores financeiros
dessas operadoras decidindo de podemos ter ou não um tratamento.
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