sábado, 7 de julho de 2012

PLANO DE SAÚDE MOSTRA TUA CARA!


Toda essa máfia dos planos de saúde está prejudicando as pessoas reféns dos planos de saúde. A lógica dos planos de saúde é puramente mercantilista. O fim do plano de saúde, assim como de qualquer empresa é o lucro. Entretanto, diferente das demais empresas, os planos de saúde atuam como as empresas de seguro, onde a pessoa paga a elas para que futuramente, prestem os serviços necessários. Entretanto, devido às limitações de serviços advindos dos altos preços cobrados pelos planos, a pessoa vê-se encurralada pelo serviço não prestado do plano pela limitação das cláusulas. Fundamentada na ideia do lucro, as empresas que administram os planos de saúde tem uma política dura de corte de gastos juntamente com uma seleção de clientes. Para economizarem gastos excessivos com o financiamento dos serviços de atendimento aos clientes, os planos de saúde aumentam seus preços para que consequentemente, idosos não tenham condições de pagá-los, uma vez que os custos arcados com essa faixa etária são muito altos. Aliado a isso, ainda pode-se citar o verdadeiro esquema de contratos entre médicos que cada vez mais estão sendo lesados pelos baixos honorários pagos pelos planos. Desse modo, está havendo uma máfia dentro da máfia, envolvendo uma área muito delicada da saúde: A gravidez. Nos últimos anos, tem havido um aumento considerável no número de cesarianas realizadas através de planos de saúde. Esse fato deve-se a um “incentivo” dos médicos conveniados a planos para que suas pacientes realizem cesarianas, uma vez que os gastos com as cesarianas são superiores ao de um parto normal. Fora isso, o tempo de acompanhamento numa cesariana leva no máximo umas 3 horas, enquanto que num parto normal, esse tempo pode chegar a 12 horas. Desse modo, comparando com o parto normal, o plano economiza os custos e ainda pode realizar três cesarianas a mais, aumentando o seu faturamento.

Através de uma denuncia feita por médicos para ONG Portal Saúde foi relatado que alguns planos de saúde andam promovendo " seminários " em hotéis de luxo com juízes, desembargadores e médicos da diretoria de tais planos, nos quais os médicos credenciados não são convidados a participar, em vários Estados, e com todas as mordomias pagas pelos donos dos planos, com o objetivo publico e notório de tentar contornar as demandas judiciais. Eu alerto para os operadores de direito e saúde que precisam estar atentos a esses detalhes, e questionar as decisões judiciais negadas contra os planos de saúde em especial quando o bem maior é salvaguardar nossas vidas.

Ora caros leitores eu me pergunto: cadê a OAB, STF, nossos Ministros, Comissões da OAB, como Direitos Humanos, ANS, FENASAÚDE, CRM, Ministério da Saúde? Será que estão todos participando do mesmo evento?

Nos deparamos com decisões absurdas nos últimos tempos: negativa para tratamento de doenças genéticas, dependência química, próteses, cirurgias, doenças degenerativas entre outras. Ainda bem que temos médicos que honram seu juramento e lutam por seus pacientes, não se rendem a esse podre sistema e advogados especialistas em direito e saúde que tornam-se responsáveis por esses pacientes vítimas dos planos de saúde e suas manobras constantes.

O objetivo desse artigo é que nossa ONG sempre visa informar sem tentar convencer. Dizer o que sabeis e deixar às pessoas fazer o que queiram com a informação. Porque intentar convencê-las será impor outra verdade e de novo estaríamos noutra guerra. Necessita-se apenas dar referencia. Basta dizer as coisas. Logo, as pessoas as escutarão se ressoarem nelas. E, se o seu medo for maior do que o seu amor por si mesmos, dirão: “Isso é impossível”. Se pelo contrário têm aberto o coração, escutarão e questionarão as suas convicções. É então, nesse momento, quando quiserem saber mais, que se lhes poderá dar mais informação.

A sujeira que rege os planos de saúde vai desde procedimentos absurdos onde o objetivo é arrecadar o máximo e gastar o mínimo possível. O valor da consulta que pagam ao médico, o principal fator neste processo, chega a ser ridículo. Por este motivo o profissional, para sobreviver, tem que dar um atendimento precário ao paciente, sem dedicar à consulta o tempo necessário para um atendimento pelo menos razoável do quadro apresentado. E se não for dessa forma logo vem à punição. Se os médicos, clinicas ou laboratórios clínicos trabalharem pelo sistema de reembolso algo totalmente amparado no Art. 1o da Lei 9.656/98 acabam sendo submetidos a processos criminais tendo sua vida completamente destruída sendo submetida à investigação policial por suspeita de estelionato, formação de quadrilha envolvendo pacientes, médicos e empresários do setor de saúde. O pior é verificar que tudo isso deveria ser observado pelo Ministério da Saúde. O que mais me assusta é que essas denúncias enviadas ao Ministério Público parte da própria Agencia Nacional de Saúde – ANS e da Federação Nacional de Saúde Suplementar – FENASAÚDE órgãos que deveriam representar a população usuária dos planos de saúde e ao invés disso representam os interesses dos proprietários dos planos de saúde que por sinal muitos são os que sentam nas cadeiras de fazem a gestão desses órgãos. Seria isso uma máfia? Um cartel? Um monopólio?

Os médicos não estão podendo pedir exames e radiografias conforme a necessidade do quadro e sim conforme o que determina o plano de saúde ao qual o paciente é conveniado. Se contrariar esta ordem, ele é chamado à atenção e até ameaçado de “perder” o convênio. Não parece uma brincadeira? Por exemplo:

Se o quadro de um paciente necessita que ele peça um exame de colesterol e as frações (HDL, LDL), ele fica obrigado a pedir apenas o colesterol total, sem as frações, para o exame ficar o mais barato possível para o plano. Está certo isto? Tem plano de saúde que limita o número de exames pedidos pelos seus médicos conveniados em apenas três! Caso o profissional queira ver o Hemograma, Colesterol, Triglicerídios, Glicose, Uréia, Creatinina, TGP, TGO... não pode. Tem que optar por apenas três! E o paciente não pode falar nada.  Se por um lado os planos de saúde visam o equilíbrio financeiro e o lucro, por outro não se pode olvidar a finalidade social de tal atividade que é a cura e prevenção de doenças, através de medidas que assegurem a integridade física e psíquica do ser humano. É exatamente neste aspecto que o profissional médico tem primordial engajamento, sendo fator norteador da escolha do tratamento mais adequado e que proporcione maiores chances de êxito, portanto, o atendimento oferecido não pode se limitar a simples operações financeiras, pois o que se encontra em jogo é vida e dignidade humana, fundamento de toda a ordem jurídica e fonte de todas as leis.

É fundamental divulgar que é o médico quem deve determinar o tratamento a ser feito, o material cirúrgico a serem usados, próteses, exames clínicos, remédios e tudo que for necessário. Essa relação de cumplicidade que o medico tem com seu paciente pode determinar o sucesso do tratamento. O judiciário só fará o Plano de Saúde cumprir promovendo soluções em até 48 horas quando feito de forma preventiva na maior parte dos casos. É necessário ser especialista nessa área jurídica para que o êxito seja obtido. Ademais, neste aspecto o médico possui particular proteção legal que se encontra nos artigos 8º e 16º da Resolução 1246/88 do CFM, os quais estabelecem que nenhuma instituição, seja pública ou privada, poderá limitar a escolha, por parte do médico, para o estabelecimento do diagnóstico ou para execução do tratamento, o que vem sendo roborado pelas decisões dos Tribunais.

Plano pagará médico por desempenho: O cardiologista Roberto D'Ávila, entende que o pagamento por performance seja "uma maravilha" apenas para as operadoras de saúde. "A origem dessa proposta é puramente econômica. O médico poderá ganhar mais se fizer o uso racional de recursos. Mas em primeiro lugar tem que estar o benefício do paciente, não importa se é barato ou caro. Um exame de urina, que custa R$ 8, pode ser caríssimo se for indicado sem necessidade."
D'Ávila defende que, em vez de criar novos mecanismos de remuneração, os planos de saúde remunerem melhor os médicos ("para que, no mínimo, tenham mais tempo na consulta"). Há cinco anos, algumas operadoras de saúde instituíram uma bonificação para médicos que cumprissem metas de redução de exames.

Nem preciso mencionar os casos em que os clientes necessitam realizar exames ou cirurgias emergenciais e as operadoras de saúde dizem que é necessário submeter o paciente a pericia médica a ser realizada por um médico eleito pelo plano de saúde. Que nível e que qualidade de tratamento poderá dar um médico a um seu paciente se ele tem que limitar-se às conveniências dos planos de saúde? Trata-se de uma máfia sem vergonha, semelhante à máfia dos seguros, que querem apenas que os pacientes paguem, paguem, paguem e paguem, mas não usem os serviços nunca. No caso dos planos de saúde, tem muitas pessoas que ficam pagando durante anos, sem enfrentarem problemas de saúde que necessitem de consultas e exames, apenas dando lucros a eles. No momento em que o inesperado acontece, ficam limitadas a estes absurdos. Ainda tem outro fator a considerar: nos prontos socorros nunca os pacientes serão atendidos por especialistas e sim por médicos de clínica geral que estão de plantão, geralmente profissionais recém-formados, ainda sem experiência, porque estão ali, pegando qualquer coisa, a fim dos primeiros exercícios práticos da sua nova profissão. Do pronto socorro encaminharão, sim, ao especialista. Mas quando esse poderá atender? Ao chegar ao especialista esse, por sua vez, fará um pedido de exames, quando o paciente enfrentará vários problemas:

1) O médico não vai poder pedir todos os exames que acha necessário, porque têm que se limitar ao que já explicamos aqui. Se precisar de dez exames, só poderá pedir três.

2) Vai ter que telefonar para um determinado número para marcar a data para fazer os exames. Mais uma semana, quinze dias ou um mês de espera.

3) Depois de colhidos os materiais, sangue, urina, fezes, radiografia, eletro etc... vai ter que esperar mais alguns dias pelos resultados. Mais uma semana, quinze dias ou um mês.

Gente! Pelo amor de Deus, como é que fica a situação do paciente diante de uma realidade desta? Será que no Brasil a gente vive apenas para pagar, pagar, pagar e pagar sem direito algum?

Os abusos e absurdos do Brasil são crônicos e não são coisas de agora. Só serão resolvidos se o povo tomar consciência da necessidade de uma ação sua, imediatamente! Enquanto o povo brasileiro continuar aí acomodado, esperando por milagres do céu, sem tomar providência nenhuma, com essa idiotia partidária, vamos continuar sofrendo todas essas amarguras, perdendo os nossos entes queridos por causa dessa pouca vergonha que existe no País chamada plano de saúde.