Toda essa máfia dos planos de saúde
está prejudicando as pessoas reféns dos planos de saúde. A lógica dos planos de
saúde é puramente mercantilista. O fim do plano de saúde, assim como de
qualquer empresa é o lucro. Entretanto, diferente das demais empresas, os
planos de saúde atuam como as empresas de seguro, onde a pessoa paga a elas
para que futuramente, prestem os serviços necessários. Entretanto, devido às
limitações de serviços advindos dos altos preços cobrados pelos planos, a
pessoa vê-se encurralada pelo serviço não prestado do plano pela limitação das
cláusulas. Fundamentada na ideia do lucro, as empresas que administram os
planos de saúde tem uma política dura de corte de gastos juntamente com uma
seleção de clientes. Para economizarem gastos excessivos com o financiamento
dos serviços de atendimento aos clientes, os planos de saúde aumentam seus
preços para que consequentemente, idosos não tenham condições de pagá-los, uma
vez que os custos arcados com essa faixa etária são muito altos. Aliado a isso,
ainda pode-se citar o verdadeiro esquema de contratos entre médicos que cada
vez mais estão sendo lesados pelos baixos honorários pagos pelos planos. Desse
modo, está havendo uma máfia dentro da máfia, envolvendo uma área muito
delicada da saúde: A gravidez. Nos últimos anos, tem havido um aumento
considerável no número de cesarianas realizadas através de planos de saúde.
Esse fato deve-se a um “incentivo” dos médicos conveniados a planos para que
suas pacientes realizem cesarianas, uma vez que os gastos com as cesarianas são
superiores ao de um parto normal. Fora isso, o tempo de acompanhamento numa
cesariana leva no máximo umas 3 horas, enquanto que num parto normal, esse
tempo pode chegar a 12 horas. Desse modo, comparando com o parto normal, o
plano economiza os custos e ainda pode realizar três cesarianas a mais,
aumentando o seu faturamento.
Através
de uma denuncia feita por médicos para ONG Portal Saúde foi relatado que alguns
planos de saúde andam promovendo " seminários " em hotéis de luxo com
juízes, desembargadores e médicos da diretoria de tais planos, nos quais os
médicos credenciados não são convidados a participar, em vários Estados, e com
todas as mordomias pagas pelos donos dos planos, com o objetivo publico e
notório de tentar contornar as demandas judiciais. Eu alerto para os operadores
de direito e saúde que precisam estar atentos a esses detalhes, e questionar as
decisões judiciais negadas contra os planos de saúde em especial quando o bem
maior é salvaguardar nossas vidas.
Ora caros
leitores eu me pergunto: cadê a OAB, STF, nossos Ministros, Comissões da OAB,
como Direitos Humanos, ANS, FENASAÚDE, CRM, Ministério da Saúde? Será que estão
todos participando do mesmo evento?
Nos
deparamos com decisões absurdas nos últimos tempos: negativa para tratamento de
doenças genéticas, dependência química, próteses, cirurgias, doenças
degenerativas entre outras. Ainda bem que temos médicos que honram seu
juramento e lutam por seus pacientes, não se rendem a esse podre sistema e
advogados especialistas em direito e saúde que tornam-se responsáveis por esses
pacientes vítimas dos planos de saúde e suas manobras constantes.
O objetivo desse artigo é que nossa
ONG sempre visa informar sem tentar convencer. Dizer o que sabeis e deixar às
pessoas fazer o que queiram com a informação. Porque intentar convencê-las será
impor outra verdade e de novo estaríamos noutra guerra. Necessita-se apenas dar
referencia. Basta dizer as coisas. Logo, as pessoas as escutarão se ressoarem
nelas. E, se o seu medo for maior do que o seu amor por si mesmos, dirão: “Isso
é impossível”. Se pelo contrário têm aberto o coração, escutarão e questionarão
as suas convicções. É então, nesse momento, quando quiserem saber mais, que se
lhes poderá dar mais informação.
A sujeira que rege os planos de saúde
vai desde procedimentos absurdos onde o objetivo é arrecadar o máximo e gastar
o mínimo possível. O valor da consulta que pagam ao médico, o principal fator
neste processo, chega a ser ridículo. Por este motivo o profissional, para
sobreviver, tem que dar um atendimento precário ao paciente, sem dedicar à
consulta o tempo necessário para um atendimento pelo menos razoável do quadro
apresentado. E se não for dessa forma logo vem à punição. Se os médicos,
clinicas ou laboratórios clínicos trabalharem pelo sistema de reembolso algo
totalmente amparado no Art. 1o da Lei 9.656/98 acabam sendo
submetidos a processos criminais tendo sua vida completamente destruída sendo submetida
à investigação policial por suspeita de estelionato, formação de quadrilha
envolvendo pacientes, médicos e empresários do setor de saúde. O pior é verificar
que tudo isso deveria ser observado pelo Ministério da Saúde. O que mais me
assusta é que essas denúncias enviadas ao Ministério Público parte da própria
Agencia Nacional de Saúde – ANS e da Federação Nacional de Saúde Suplementar –
FENASAÚDE órgãos que deveriam representar a população usuária dos planos de
saúde e ao invés disso representam os interesses dos proprietários dos planos
de saúde que por sinal muitos são os que sentam nas cadeiras de fazem a gestão
desses órgãos. Seria isso uma máfia? Um cartel? Um monopólio?
Os médicos não estão podendo pedir exames e radiografias conforme a necessidade do quadro e sim conforme o que determina o plano de saúde ao qual o paciente é conveniado. Se contrariar esta ordem, ele é chamado à atenção e até ameaçado de “perder” o convênio. Não parece uma brincadeira? Por exemplo:
Se o quadro de um paciente necessita
que ele peça um exame de colesterol e as frações (HDL, LDL), ele fica obrigado
a pedir apenas o colesterol total, sem as frações, para o exame ficar o mais
barato possível para o plano. Está certo isto? Tem plano de saúde que limita o
número de exames pedidos pelos seus médicos conveniados em apenas três! Caso o
profissional queira ver o Hemograma, Colesterol, Triglicerídios, Glicose,
Uréia, Creatinina, TGP, TGO... não pode. Tem que optar por apenas três! E o
paciente não pode falar nada. Se por um
lado os planos de saúde visam o equilíbrio financeiro e o lucro, por outro não
se pode olvidar a finalidade social de tal atividade que é a cura e prevenção
de doenças, através de medidas que assegurem a integridade física e psíquica do
ser humano. É exatamente neste aspecto que o profissional médico tem primordial
engajamento, sendo fator norteador da escolha do tratamento mais adequado e que
proporcione maiores chances de êxito, portanto, o atendimento oferecido não
pode se limitar a simples operações financeiras, pois o que se encontra em jogo
é vida e dignidade humana, fundamento de toda a ordem jurídica e fonte de todas
as leis.
É
fundamental divulgar que é o médico quem deve determinar o tratamento a ser
feito, o material cirúrgico a serem usados, próteses, exames clínicos, remédios
e tudo que for necessário.
Essa relação de cumplicidade que o medico tem com seu paciente pode determinar
o sucesso do tratamento. O judiciário só fará o Plano de Saúde cumprir
promovendo soluções em até 48 horas quando feito de forma preventiva na maior
parte dos casos. É necessário ser especialista nessa área jurídica para que o
êxito seja obtido. Ademais, neste aspecto o médico possui particular proteção
legal que se encontra nos artigos 8º e 16º da Resolução 1246/88 do CFM, os
quais estabelecem que nenhuma instituição, seja pública ou privada, poderá
limitar a escolha, por parte do médico, para o estabelecimento do diagnóstico
ou para execução do tratamento, o que vem sendo roborado pelas decisões dos
Tribunais.
Plano pagará médico por
desempenho: O
cardiologista Roberto D'Ávila, entende que o pagamento por performance seja
"uma maravilha" apenas para as operadoras de saúde. "A origem
dessa proposta é puramente econômica. O médico poderá ganhar mais se fizer o
uso racional de recursos. Mas em primeiro lugar tem que estar o benefício do
paciente, não importa se é barato ou caro. Um exame de urina, que custa R$ 8,
pode ser caríssimo se for indicado sem necessidade."
D'Ávila defende que, em vez de criar novos mecanismos de remuneração, os planos de saúde remunerem melhor os médicos ("para que, no mínimo, tenham mais tempo na consulta"). Há cinco anos, algumas operadoras de saúde instituíram uma bonificação para médicos que cumprissem metas de redução de exames.
D'Ávila defende que, em vez de criar novos mecanismos de remuneração, os planos de saúde remunerem melhor os médicos ("para que, no mínimo, tenham mais tempo na consulta"). Há cinco anos, algumas operadoras de saúde instituíram uma bonificação para médicos que cumprissem metas de redução de exames.
Nem
preciso mencionar os casos em que os clientes necessitam realizar exames ou
cirurgias emergenciais e as operadoras de saúde dizem que é necessário submeter
o paciente a pericia médica a ser realizada por um médico eleito pelo plano de
saúde. Que nível e que qualidade de tratamento poderá dar um médico a um seu
paciente se ele tem que limitar-se às conveniências dos planos de saúde?
Trata-se de uma máfia sem vergonha, semelhante à máfia dos seguros, que querem
apenas que os pacientes paguem, paguem, paguem e paguem, mas não usem os
serviços nunca. No caso dos planos de saúde, tem muitas pessoas que ficam
pagando durante anos, sem enfrentarem problemas de saúde que necessitem de
consultas e exames, apenas dando lucros a eles. No momento em que o inesperado
acontece, ficam limitadas a estes absurdos. Ainda tem outro fator a considerar:
nos prontos socorros
nunca os pacientes serão atendidos por especialistas e sim por médicos de
clínica geral que estão de plantão, geralmente profissionais recém-formados,
ainda sem experiência, porque estão ali, pegando qualquer coisa, a fim dos
primeiros exercícios práticos da sua nova profissão. Do pronto socorro
encaminharão, sim, ao especialista. Mas quando esse poderá atender? Ao chegar
ao especialista esse, por sua vez, fará um pedido de exames, quando o paciente
enfrentará vários problemas:
1)
O médico não vai poder pedir todos os exames que acha necessário, porque têm
que se limitar ao que já explicamos aqui. Se precisar de dez exames, só poderá
pedir três.
2)
Vai ter que telefonar para um determinado número para marcar a data para fazer
os exames. Mais uma semana, quinze dias ou um mês de espera.
3)
Depois de colhidos os materiais, sangue, urina, fezes, radiografia, eletro
etc... vai ter que esperar mais alguns dias pelos resultados. Mais uma semana,
quinze dias ou um mês.
Gente!
Pelo amor de Deus, como é que fica a situação do paciente diante de uma
realidade desta? Será que no Brasil a gente vive apenas para pagar, pagar,
pagar e pagar sem direito algum?
Os
abusos e absurdos do Brasil são crônicos e não são coisas de agora. Só serão
resolvidos se o povo tomar consciência da necessidade de uma ação sua,
imediatamente! Enquanto o povo brasileiro continuar aí acomodado, esperando por
milagres do céu, sem tomar providência nenhuma, com essa idiotia partidária,
vamos continuar sofrendo todas essas amarguras, perdendo os nossos entes
queridos por causa dessa pouca vergonha que existe no País chamada plano de
saúde.